A Operação Primatus, deflagrada nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil para apurar crimes de tráfico de drogas e extorsão a comerciantes e garimpeiros de Aripuanã, apreendeu carros, dinheiro em espécie e armas.
Segundo o delegado Gustavo Colognesi Belão, titular da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), as apreensões demonstram o interesse em auferir renda e ostentar uma vida de luxo no município.
“Ficou demonstrado nas investigações que, também por meio dessa atividade criminosa, os investigados auferiram uma renda considerável, resultando, por exemplo, na identificação de quatro veículos de luxo que estão sendo buscados pelas nossas forças de segurança”, disse o delegado.
A operação cumpriu 26 mandados de prisão preventiva e 26 de busca e apreensão, além de bloqueio de valores, sequestros de veículos e suspensão de atividades econômicas ligadas a empresas.
Dentre os sequestros de veículos, a polícia apreendeu uma I/RAM 3500, uma Toyota Hilux, um Chevrolet Camaro e uma Dodge Ram.
Em imagens divulgadas pela Polícia Civil, é possível ver montantes de dinheiro apreendidos durante a operação. A quantia exata dos valores não foi divulgada pela equipe da polícia.
Além da quantia em espécie, uma arma e munição foram encontradas na casa de um dos alvos.
“A atuação criminosa deles tinha um viés de auferir essa renda e esbanjar, mais uma vez, uma vida de luxo ali naquela região”, afirmou o delegado
Segundo informações da Polícia Civil, dos 26 mandados de prisão, quatro são cumpridos em unidades penitenciárias de Cuiabá e os demais estão sendo cumpridos em endereços em Aripuanã.
Já as empresas com atividades econômicas suspensas atuam no ramo de terraplanagem e outra no comércio de alimentos, ambas em Aripuanã.
A Operação
A operação, realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Delegacia de Aripuanã, investiga e desarticula
um esquema de tráfico de drogas, homicídio, prática de “salves”, com ameaças e torturas, além de extorsão de comerciantes e garimpeiros.
Investigações da Polícia apontam que o grupo extorquia compradores de ouro, garimpeiros e proprietários de áreas de extração de minério em Aripuanã.
Por meio de grave ameaça, os criminosos estavam cobrando até 2% sobre a comercialização de ouro e na venda de áreas de exploração na região.
Esse mesmo braço do grupo também atuava no ramo de cobrança de dívidas particulares, recebendo repasses de credores em troca de ficar com um percentual do montante recuperado.
Mín. 26° Máx. 41°