
Chegou o tão aguardado dia de conhecer o melhor time do mundo em 2025! PSG e Flamengo terão os caminhos cruzados nesta quarta-feira (17), às 14h (de Brasília), no Estádio Ahmad bin Ali, em Doha, no Catar, em partida válida pela final do Intercontinental. A seguir, o Lance! relembra a temporada dos finalistas e apresenta as principais informações sobre o confronto.
É fato claro e notório que o PSG viveu uma campanha de 2024/25 histórica, com o inédito título da Champions League legitimado na goleada de 5 a 0 sobre a Inter de Milão na final, além de reafirmar a supremacia doméstica ao conquistar a tríplice coroa francesa — Ligue 1, Copa da França e Supercopa da França.
Contudo, se a temporada passada foi marcada por uma liga nacional sem concorrência ao gigante, a situação mudou. A equipe treinada por Luis Enrique ocupa a vice-liderança com 36 pontos, obtidos em 10 vitórias, três empates e duas derrotas, além de 35 gols marcados e 14 sofridos, com saldo positivo de 21. Está apenas um ponto atrás do Lens, que lidera com 37, tendo conquistado 12 vitórias, um empate e três derrotas. As duas derrotas foram diante de adversários considerados fortes do país: Olympique de Marselha e Monaco, ambas por 1 a 0.
Na Champions, o Paris também ocupa a segunda colocação: 12 pontos em cinco rodadas — três a menos que o líder Arsenal, detentor de 100% de aproveitamento. A campanha parisiense registra quatro vitórias e uma derrota, com 19 gols marcados e oito sofridos, ou seja, saldo positivo de 11. O único revés ocorreu em 4 de novembro, no Parc des Princes, quando o Bayern de Munique venceu por 2 a 1.
O desfecho da última temporada e o início da atual também merecem destaque. O Mundial de Clubes em formato inédito, com 32 equipes, foi disputado pela primeira vez nos Estados Unidos e quase coroou o ano perfeito da entidade, que acabou derrotado pelo Chelsea por 3 a 0 na final. Na transição entre uma temporada e outra, o clube conquistou a Supercopa da Uefa contra o Tottenham nos pênaltis após reagir de um 2 a 0, empatar e vencer por 4 a 3 nas cobranças.
Por fim, nas competições nacionais de 2025/26, a Supercopa da França terá decisão em 8 de janeiro, às 13h (de Brasília), contra o Marseille. A estreia do PSG na atual edição da Copa da França está marcada para 20 de dezembro, às 17h (de Brasília), diante do modesto Fontenay, da terceira divisão nacional.
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Individualmente, o PSG terá um desfalque importante para a decisão: o lateral-direito titular Achraf Hakimi, considerado por muitos o melhor do mundo em sua posição. A tendência é que o jovem meio-campista Warren Zaïre-Emery seja improvisado no setor, assim como nos últimos jogos. Antes do embarque para o Catar, havia dúvidas sobre as condições físicas do zagueiro e capitão Marquinhos e do atacante Ousmane Dembélé — atual melhor jogador do mundo pela Bola de Ouro e pelo Fifa The Best —, porém ambos viajaram e estão à disposição.
A base do Paris encontra-se em uma situação de instabilidade, sobretudo no gol. O clube perdeu Gianluigi Donnarumma nesta temporada, e a posição passou a ser disputada pelo recém-contratado Lucas Chevalier e pelo ainda pouco conhecido Matvei Safonov. A linha defensiva conta com Marquinhos e Willian Pacho como zagueiros centrais, sustentados por dois laterais ativos: Zaïre-Emery pela direita e Nuno Mendes — um dos melhores do mundo — pela esquerda. No meio-campo, o sólido trio João Neves, Vitinha e Fabián Ruiz. No ataque, Dembélé atua como falso nove, enquanto Désiré Doué e Khvicha Kvaratskhelia oferecem desequilíbrio pelos lados.

Se o PSG alcançou o ápice do futebol europeu pela primeira vez nesta temporada, o mesmo não se aplica ao Flamengo. Sob o comando de Filipe Luís, o Rubro-Negro tornou-se a primeira instituição brasileira a levantar quatro taças da Libertadores, ao vencer do Palmeiras por 1 a 0, em Lima (PER). No cenário nacional, levantou a taça do Brasileirão, o nono título da história do clube, após somar 79 pontos em 38 rodadas, fruto de 23 vitórias, 10 empates e cinco derrotas, além de 78 gols marcados e 21 sofridos.
O ano ainda começou com a conquista da Supercopa do Brasil, ao vencer o Botafogo por 3 a 1, e se completou com o Campeonato Carioca, após superar Fluminense em dois jogos. O conjunto de resultados consolida, de forma inequívoca, o Flamengo como a principal força do futebol brasileiro e sul-americano, posição que vem ocupando com frequência desde 2019.
Fora da América do Sul, o Mais Querido utilizou o Intercontinental para reafirmar a força de um clube com uma das maiores torcidas do planeta. A equipe superou o Cruz Azul, do México, no Derby das Américas; e venceu o Pyramids, do Egito, na Copa Challenger. No Mundial realizado no meio do ano, já havia derrotado equipes africanas e norte-americanas, além do futuro campeão Chelsea na fase de grupos. Agora, depois de enfrentar os melhores de seus continentes, o Flamengo "quer o mundo de novo" contra o Paris, e assim interromper a hegemonia europeia nos torneios intercontinentais.
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O Rubro-Negro chega à partida em seu melhor momento, com praticamente todo o elenco disponível, à exceção do goleiro reserva Matheus Cunha, que retornou ao Brasil para acompanhar o nascimento do filho. Por opção do treinador, há duas indefinições na escalação titular: na defesa, Léo Ortiz e Danilo disputam a vaga de zagueiro pelo lado direito ao lado de Léo Pereira, que atua na esquerda; no ataque, Samuel Lino e Everton Cebolinha concorrem à posição pelo setor esquerdo do campo.
A base da equipe é formada pelo herói da Glória Eterna, Agustín Rossi, acompanhado pelo lateral-direito Guillermo Varela — destaque na final da Libertadores —, e pelo experiente lateral-esquerdo Alex Sandro. A zaga permanece indefinida, com três opções: a presença constante de Léo Pereira, o "camisa 10" da defesa Léo Ortiz ou o talismã Danilo. O meio-campo é estruturado com Erick Pulgar como primeiro homem de proteção e distribuição; Jorginho, cérebro responsável pela transição entre defesa e ataque; e o "dono" do time Giorgian De Arrascaeta como meia-atacante. No ataque, o versátil Jorge Carrascal atua pela direita, o ídolo Bruno Henrique na referência explorando profundidade e velocidade, e na esquerda um ponta com habilidade e drible, normalmente Lino.

A partida coloca frente a frente duas equipes que dominaram os continentes mais tradicionais do futebol e promete definir qual delas encerrará 2025 com o rótulo de melhor time do mundo. O confronto será marcado por times que buscam controlar o jogo a partir da posse de bola, capazes de transições rápidas, pressão constante e de proporcionar um espetáculo do esporte bretão.
O PSG busca um título inédito em seus 55 anos de história e sobrelevar a frustração do vice-campeonato mundial deste ano, a fim de retomar o status de time a ser batido; além do feito político de ganhar um torneio disputado no Catar, país que controla o clube. O Flamengo, por sua vez, já retomou protagonismo o qual nunca deveria ter perdido e agora visa alcançar a maior glória de sua história pela segunda vez.
Tudo isso como forma de agradecer pelo apoio da Nação, por toda a paixão dedicada e pelo incentivo constante ao clube neste ano. Uma torcida eufórica, presente tanto nas arquibancadas do Estádio Ahmad bin Ali quanto entre milhões de apaixonados torcedores em todo o Brasil, que transformarão a tarde de quarta-feira em um verdadeiro feriado nacional para acompanhar a grande decisão.
Diferentemente dos demais jogos do Intercontinental, a partida desta quarta-feira será disputada com casa cheia. O estádio, com capacidade para 45 mil espectadores, deve receber cerca de 40 mil pessoas. A arbitragem ficará a cargo do marroquino naturalizado estadunidense Ismail Elfath, que será auxiliado por Parker Corey e Kyle Atkins, enquanto Allen Chapman atuará como responsável pelo VAR. O confronto terá transmissão ao vivo pela TV Globo (televisão aberta); SporTV (televisão fechada); CazéTV, ge e Fifa+ (streaming).
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