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Perícia: jovem estava viva quando bebê foi tirado do seu ventre

Laudo aponta que intenção era suprir oxigênio para a criança; crime aconteceu no Jardim Florianópolis

14/03/2025 às 10h04
Por: Redação Fonte: MidiaNews
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Reprodução
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ANDRELINA BRAZ E ANGÉLICA CALLEJAS

DA REDAÇÃO

A perícia inicial realizada na adolescente grávida E.A.S., 16 anos, assassinada no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, aponta que ela estava viva quando o bebê foi retirado de sua barriga.

  

“Tivemos uma conversa com a ginecologista e obstetra, e o bebê estava ótimo, o que condiz com o resultado da necropsia, que confirma que ela estava viva. Desde o início até o fim do parto, o bebê não teve privação de oxigênio. Ela morreu devido ao sangramento", afirmou médica legista do Instituto Médico Legal (IML), Alessandra Carvalhal Mariano.

  

De acordo com a legista, a jovem foi mantida viva para continuar a suprir oxigênio ao bebê.

  

“A retirada do conceito foi realizada de forma que a mãe continuasse a suprir o conceito. A impressão e a hipótese que temos é que ela tinha que estar viva no momento em que o conceito foi retirado”, explicou.

O corpo da jovem foi encontrado enterrado no quintal de uma residência no bairro Jardim Florianópolis, na tarde de quinta-feira (13). A jovem apresentava um corte na barriga, por onde foi realizada a retirada do bebê. Segundo relato da médica legista, a perícia aponta que os cortes foram precisos.

  

“O golpe foi bem preciso, a lesão me diz quem é o agente, e o ferimento expõe o abdômen todo. Foram lesões precisas, preservaram camadas e não machucaram o neném”, detalhou.

  

Além do corte na barriga, a jovem foi enforcada com um fio de internet e sufocada com um cabo de internet na cabeça.

  

O diretor-geral da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Jaime Trevizan, aponta que os objetos impediram que a vítima pedisse por ajuda no momento do crime.

 

“Os vestígios encontrados no pescoço e na sacola indicam que a pessoa veio a óbito não pela falta de ar, e sim pela falta de sangue no corpo”, complementa o diretor.

  

“A sacola que foi colocada e o cabo de internet podem ter sido usados para suprimir a voz. Além de deixar a pessoa entorpecida, também impedem que ela peça socorro. É um quebra-cabeça que se fecha”.

 

Na noite de quinta-feira, três suspeitos de participação no crime foram ouvidos e liberados pela Polícia Civil. Nataly continua presa após assumir a autoria do crime durante depoimento. 

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