Os deputados federais Coronel Assis (União Brasil), Coronel Fernanda (PL) e Nelson Barbudo (PL) se posicionaram sobre a condenação do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a mais de 27 anos de prisão, definida em julgamento realizado nesta quinta-feira (11). Para os parlamentares, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender Bolsonaro se trata de uma trama de perseguição e vingança.
“NUNCA HOUVE IMPARCIALIDADE nesse julgamento! É nítido que se trata de uma perseguição política e pessoal. Bolsonaro está sendo condenado com base em vingança e ódio por ele”, escreveu Nelson Barbudo em uma publicação no Instagram.
A condenação de Bolonaro foi definida na tarde desta desta quinta-feira (11), por 4 votos a 1 , pela Primeira Turma do STF. Votaram favoráveis à prisão do ex-presidente os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
Apenas Luiz Fux absolveu os réus por considerar que não há provas suficientes na denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Cármen Lúcia não individualiza UMA conduta, não apresenta UMA prova. Gente que nunca se falou virou 'organização criminosa'. Discurso virou prova. Narrativa virou fundamento jurídico”, apontou Coronel Assis, também nas redes sociais.
Com base no julgamento dos ministros, Bolsonaro deverá cumprir uma pena de 27 anos e 3 meses de prisão, sendo 24 anos e 9 meses em regime fechado e mais 124 dias multa. Na dosimetria de pena, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, considerou que o ex-presidente atuou como líder de uma organização criminosa que teve o intuito de provocar um golpe de Estado no Brasil.
“Não condenaram apenas o nosso líder, condenaram milhões de brasileiros que acreditam na mudança. Mas eles se esquecem de uma verdade maior: o poder supremo é o povo! Vamos nos erguer ainda mais fortes, porque estamos do lado da justiça e guiados por Deus. Ninguém vai nos calar”, afirmou Coronel Fernanda.
Em conversa com o Repórter MT, o deputado federal José Medeiros (PL) disse acreditar que somente uma intervenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poderá reverter a prisão de Bolsonaro.
“Nossa esperança está com a Organização dos Estados Americanos (OEA), está com o Trump, em outros lugares, está em uma possível votação de anistia no Congresso”, disse à reportagem.
Crimes
Bolsonaro e outros sete aliados dele foram condenados por uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito. Além disso, a prisão dos réus também foi dada pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
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