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Novo parque de inovação vira “berçário” de tecnologia em Pernambuco

Estrutura do Senai-PE funcionará como planta-piloto

20/10/2025 às 07h36
Por: Redação Fonte: Agência Brasil
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© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O estado de Pernambuco vai ganhar nesta segunda-feira (20) um centro de inovação e tecnologia que funcionará como um berçário para desenvolver projetos que impulsionem a produtividade da indústria da região e de todo o país. A estrutura montada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Pernambuco (Senai-PE) foi batizada de Senai Park e fica na cidade de Ipojuca, na região metropolitana do Recife.

A instalação de 1,4 hectare – quase um campo de futebol e meio – é dividida em módulos e fica nos arredores de dois outros locais que são referência para o setor industrial nordestino: a refinaria da Petrobras Abreu e Lima e o Porto do Suape.

O espaço servirá para que indústrias possam montar as chamadas plantas-piloto, que funcionarão como ambiente de testes para o desenvolvimento de produtos e tecnologias. É como se fossem minifábricas, de forma que seja mais fácil testar e avaliar soluções, procedimentos e inovações.

De acordo com o diretor de Inovação e Tecnologia do Senai-PE, Oziel Alves, o objetivo é fornecer aos industriais caminhos para a se chegar à “indústria do futuro”.

“O grande propósito é desenvolver novas tecnologias, colocá-las no mercado, levar para um cenário real industrial, para que possamos efetivamente mostrar essas tecnologias em operação”, descreveu.

Indústria 4.0

A indústria do futuro, também conhecida como indústria 4.0, é a que utiliza tecnologias digitais como inteligência artificial (IA), internet industrial das coisas, gêmeos digitais (réplica virtual de um objeto ou sistema), manufatura aditiva (impressora 3D) e realidade aumentada.

A diretora regional do Senai, Camila Barreto, aponta que o centro de inovação é um elemento de integração de empresas, universidades e institutos de pesquisa “em torno de soluções para desafios concretos da indústria”.

Os industriais poderão também fazer visitas virtuais para acompanhar o desenvolvimento das inovações. Ferramentas de inteligência artificial (IA) acompanharão os processos.

Além de criar produtos e tecnologias, o espaço será voltado para “tropicalizar” técnicas estrangeiras, ou seja, adaptá-las ao ambiente das fábricas nacionais.

O Senai Park poderá ser acessado por empresas de fora de Pernambuco. Para Oziel Alves, mesmo que a indústria não seja pernambucana, aumenta a chance de novos negócios na região.

Projetos de R$ 100 milhões

O espaço de inovação já conta com dois projetos contratados que somam R$ 100 milhões em investimentos, ambos relacionados à transição energética.

Um tem como objeto desenvolver a cadeia do hidrogênio verde, um combustível limpo. O segundo trata de produção de baterias de lítio, essenciais para a crescente frota de carros híbridos e elétricos.

>>Centro de inovação leva transição energética para dentro da indústria

Há a expectativa de captar mais R$ 200 milhões em outros desenvolvimentos. Um desenvolverá sistema de radar para frenagem automática de veículos. Outro, com a petroleira multinacional americana ExxonMobil, envolve drones com funções específicas em plataformas de petróleo em alto-mar.

Com o desenvolvimento de tecnologias no Senai Park, as indústrias participam de uma espécie de divisão de riscos, uma vez que não assumem sozinhas todo o processo de inovação, uma vez que já encontram um “berçário” estruturado.

Investimento se multiplica

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso, classifica o Senai como “o grande pesquisador de tecnologia que nós temos hoje no Brasil”.

Ele ressalta o fato de o centro de inovação ser vizinho ao Porto de Suape, um complexo industrial com 90 empresas em operação. “ Essa quantidade de colaboradores é um ambiente perfeito para estarmos aqui fazendo desenvolvimento tecnológico, porque ao nosso redor temos uma diversidade muito grande de indústria”, avalia.

A diretora regional, Camila Barreto, citou um estudo do Instituto Fraunhofer, maior organização de pesquisa aplicada da Europa, sobre o efeito multiplicador do investimento em inovação na economia.

“A cada R$ 1 colocado em projetos que buscam a inovação dentro do Senai , devolve R$ 18 para a economia”.

O Senai, que também atuará na qualificação de mão de obra, faz parte do Sistema S, entidades mantidas por contribuições de empresas e voltadas para a qualificação profissional e a assistência social.

*Repórter e fotógrafo da Agência Brasil viajaram a convite do Senai-PE.

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