O município de Lençóis, no coração da Bahia, é a principal porta de entrada para a Chapada Diamantina, um dos destinos mais fascinantes do Brasil, rica em biodiversidade e que mistura natureza, cultura e aventura. Reconhecida como Patrimônio Histórico Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a cidade nasceu da extração de diamantes no século XIX e se transformou em um polo do ecoturismo que atrai visitantes ao longo de todo o ano.
Um dos diferenciais da região é o Aeroporto Coronel Horácio de Mattos (SBLE), localizado em Tanquinho de Lençóis. Inaugurado em 1998, o terminal conta com uma das maiores pistas do interior do Brasil e recebe voos regulares de Salvador, além de fretamentos turísticos. O terminal está na lista do programa AmpliAR, do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), que tem como objetivo modernizar e expandir a infraestrutura de aeroportos regionais no Brasil, especialmente nas regiões com maior déficit, como a Amazônia Legal e o Nordeste.
A infraestrutura aérea é considerada estratégica para o desenvolvimento regional, facilitando o acesso de visitantes nacionais e estrangeiros. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), indicam que, em 2024, cerca de 6 mil passageiros utilizaram o terminal.
O AmpliAR prevê investimentos privados de mais de R$ 5 bilhões, com a meta de modernizar até 100 aeroportos em todo o país. Nesta primeira etapa, serão ofertados 19 aeroportos localizados em 11 estados das regiões da Amazônia Legal e Nordeste, entre eles o aeroporto de Lençóis (BA). O leilão está previsto para o dia 24 de novembro, na B3, Bolsa de Valores de São Paulo.
“O Programa AmpliAR é uma política pública estratégica para fortalecer a aviação regional no Brasil. O compromisso do Governo Federal e do Ministério é avançar com os investimentos e alavancar a infraestrutura aeroportuária, garantindo mais integração, desenvolvimento e oportunidades para todas as regiões do país”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
A prefeita de Lençóis, Vanessa Senna, entende que o aeroporto é fundamental para o fortalecimento do turismo e desenvolvimento da região. Segundo ela, a conectividade aérea é estratégica para atrair visitantes e impulsionar a economia local. “Para nós, o terminal é motivo de celebração. Não existe turismo sem acessibilidade e sabemos que o aeroporto é fundamental para toda a Chapada Diamantina. Acredito que o turismo é o maior caminho para gerar desenvolvimento e oportunidades para nossa gente. Estamos presentes em feiras nacionais e internacionais para mostrar Lençóis ao mundo e atrair cada vez mais visitantes para a nossa cidade e para a região, e o acesso aéreo é um diferencial”, disse.
A secretária de Turismo de Lençóis, Laura Garcia, acredita que a acessibilidade gerada com o aeroporto representa um marco no desenvolvimento territorial de Lençóis e de toda a Chapada Diamantina. “Ele não apenas facilitou a chegada de turistas de todo o Brasil e do mundo, mas também atraiu investimentos e fortaleceu nossa economia”, disse. Ela complementa que a construção do Terminal Turístico Rodoviário da Chapada Diamantina, ao lado do aeroporto, facilitará ainda mais a integração entre os municípios da região. “Essa evolução do transporte consolida Lençóis como porta de entrada e referência para um dos destinos mais importantes do país”, destacou.
Turismo na Chapada Diamantina
De acordo com a Secretaria de Turismo de Lençóis, a cidade oferece mais de 5 mil leitos em hospedagens que vão de hotéis de alto padrão a pousadas e albergues. A gastronomia conta com mais de 100 estabelecimentos que unem sabores tradicionais herdados do garimpo a pratos contemporâneos e cafés premiados internacionalmente.
Dario Campos é proprietário de uma pousada em Lençóis e estima que durante o verão e feriados prolongados chega o estabelecimento chega a ter 100% de ocupação. “Em 2024, recebemos mais de 6 mil hóspedes. Já em 2025, até a meados de setembro foram quase 5 mil pessoas. Quero destacar que em 2024, 88% dos hóspedes foram brasileiros, 12% de estrangeiros. Acredito que esses números seriam maiores se tivéssemos mais voos”, explicou.
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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